Dédalo: o solucionador de problemas da Grécia Antiga

Dédalo: o solucionador de problemas da Grécia Antiga
James Miller

Dédalo é um mítico inventor e solucionador de problemas grego, uma das figuras mais conhecidas da mitologia grega. O mito de Dédalo e do seu filho Ícaro foi transmitido pelos minoicos, que prosperaram nas ilhas gregas do Mar Egeu a partir de 3500 a.C.

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As histórias do génio Dédalo são tão fascinantes como trágicas. O filho de Dédalo, Ícaro, é o rapaz que morreu quando voou demasiado perto do sol, usando as asas que o seu pai tinha criado.

Dédalo foi o responsável pela criação do labirinto que abrigava a criatura com cabeça de touro, conhecida como minotauro. Homero faz menção ao inventor na Odisseia, assim como Ovídio. O mito de Ícaro e Dédalo é uma das histórias mais famosas da Grécia antiga.

Quem é Dédalo?

A história de Dédalo, e das situações precárias em que se encontrava, é contada pelos gregos antigos desde a Idade do Bronze. A primeira menção a Dédalo aparece nos tabletes Lineares B de Knossos (Creta), onde é referido como Daidalos.

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A civilização que se desenvolveu na Grécia continental, conhecida como os micénicos, estava igualmente encantada com as peripécias do hábil inventor. Os micénicos contavam mitos semelhantes sobre o grande carpinteiro e arquiteto Dédalo, as suas rivalidades familiares e a trágica morte do seu filho.

Dédalo é um inventor, carpinteiro, arquiteto e criador ateniense, a quem os gregos atribuem a invenção da carpintaria e das suas ferramentas. Dependendo de quem conta a história de Dédalo, ele é ateniense ou cretense. O nome Dédalo significa "trabalhar com astúcia".

O antigo mestre artesão foi abençoado com o seu génio pela deusa Atena. Dédalo é conhecido pelas intrincadas figuras que esculpiu, chamadas esculturas dédalicas, e pelas esculturas quase reais chamadas autómatos.

As esculturas são descritas como sendo extremamente realistas, dando a impressão de estarem em movimento. Dédalo também concebeu figuras infantis que se moviam, semelhantes às modernas figuras de ação. Não só era um mestre carpinteiro, como também era arquiteto e construtor.

Dédalo e o seu filho Ícaro viveram em Atenas, mas tiveram de fugir da cidade quando Dédalo foi suspeito de homicídio. Dédalo e Ícaro estabeleceram-se em Creta, onde a maioria das invenções de Dédalo foram feitas. Mais tarde, Dédalo estabeleceu-se em Itália, tornando-se o escultor do palácio do rei Cocalo.

Para além das suas muitas criações, Dédalo é conhecido por ter tentado assassinar o seu sobrinho Talos ou Perdix. Dédalo é mais conhecido por ter inventado as asas que levaram à morte do seu filho. Dédalo é famoso por ser o arquiteto do labirinto que albergava a criatura mítica, o minotauro.

Qual é o mito de Dédalo?

Dédalo aparece pela primeira vez na mitologia grega antiga em 1400 a.C., mas é mencionado com mais frequência no século V. Ovídio conta a história de Dédalo e das asas nas Metamorfoses. Homero menciona Dédalo tanto na Ilíada como na Odisseia.

O mito de Dédalo dá-nos uma ideia de como os gregos antigos encaravam o poder, a invenção e a criatividade na sua sociedade. A história de Dédalo está interligada com a história do herói ateniense Teseu, que matou o minotauro.

Os mitos de Dédalo foram uma escolha popular para os artistas durante milénios. A representação mais frequente encontrada na arte grega é o mito de Ícaro e a fuga de Dédalo de Creta.

Dédalo e a rivalidade familiar

Segundo a mitologia grega, Dédalo teve dois filhos, Ícaro e Lápix. Nenhum dos filhos quis aprender a profissão do pai, mas o sobrinho de Dédalo, Talos, interessou-se pelas invenções do tio e tornou-se aprendiz de Dédalo.

Dédalo ensinou Talos nas artes mecânicas, para as quais Talos tinha grande potencial e talento. Dédalo estava entusiasmado por partilhar o seu conhecimento com o sobrinho, mas o entusiasmo rapidamente se transformou em ressentimento quando o sobrinho mostrou uma habilidade que poderia eclipsar a de Dédalo.

O seu sobrinho era um inventor entusiasta, a caminho de substituir Dédalo como o artesão preferido dos atenienses. Atribui-se a Talos a invenção da serra, que ele baseou na coluna vertebral de um peixe que viu dar à costa na praia. Além disso, acredita-se que Talos tenha inventado a primeira bússola.

Dédalo tinha ciúmes do talento do sobrinho e receava que este o ultrapassasse em breve. Dédalo e Ícaro atraíram o sobrinho até ao ponto mais alto de Atenas, a Acrópole. Dédalo disse a Talos que queria testar a sua última invenção, as asas.

Dédalo atirou Talos da Acrópole. O sobrinho não morreu, mas foi salvo por Atena, que o transformou numa perdiz. Dédalo e Ícaro tornaram-se párias na sociedade ateniense e foram expulsos da cidade. A dupla fugiu para Creta.

Dédalo e Ícaro em Creta

Dédalo e Ícaro foram acolhidos calorosamente pelo rei de Creta, Minos, que conhecia o trabalho do inventor ateniense. Dédalo era popular em Creta, sendo o artista, o artesão e o inventor do rei. Foi em Creta que Dédalo inventou a primeira pista de dança para a princesa Ariadne.

Durante a sua estadia em Creta, Dédalo foi convidado a inventar um fato bastante peculiar para a mulher do rei de Creta, Pasífae. Poseidon, o deus olímpico do mar, tinha oferecido ao rei e à rainha minóica um touro branco para lhe ser sacrificado.

Minos desobedeceu ao pedido de Poseidon e ficou com o animal. Poseidon e Atena vingaram-se do rei, fazendo com que a sua mulher cobiçasse o touro. Consumida pelo desejo pelo animal, Pasífae pediu ao mestre artesão que criasse um fato de vaca para que ela pudesse acasalar com o animal. Dédalo criou uma vaca de madeira na qual Pasífae subiu para realizar o ato.

Pasífae foi fecundada pelo touro e deu à luz uma criatura metade homem, metade touro, chamada Minotauro. Minos ordenou a Dédalo que construísse um Labirinto para alojar o monstro.

Dédalo, Teseu e o Mito do Minotauro

Dédalo concebeu uma jaula intrincada para a besta mítica, sob a forma de um labirinto, construído por baixo do palácio, que consistia numa série de passagens sinuosas que pareciam impossíveis de percorrer, mesmo para Dédalo.

O rei Minos usou a criatura para se vingar do governante ateniense após a morte do filho de Minos. O rei pediu catorze crianças atenienses, sete raparigas e sete rapazes, que aprisionou no labirinto para o Minotauro comer.

Um ano, o príncipe de Atenas, Teseu, foi levado ao labirinto como sacrifício. Estava determinado a derrotar o Minotauro. Conseguiu, mas ficou confuso no labirinto. Felizmente, a filha do rei, Ariadne, tinha-se apaixonado pelo herói.

Ariadne convenceu Dédalo a ajudá-la e a Teseu a derrotar o minotauro e a escapar do labirinto. A princesa usou um novelo de corda para marcar a saída de Teseu da prisão. Sem Dédalo, Teseu teria ficado preso no labirinto.

Minos ficou furioso com Dédalo por ter ajudado Teseu a fugir e, por isso, aprisionou Dédalo e Ícaro no labirinto. Dédalo engendrou um plano astuto para escapar do labirinto. Dédalo sabia que ele e o seu filho seriam apanhados se tentassem fugir de Creta por terra ou por mar.

O inventor criou asas para si e para Ícaro com cera de abelha, cordel e penas de aves.

O mito de Ícaro e Dédalo

Dédalo e o seu filho Ícaro escaparam do labirinto voando para fora dele. Dédalo avisou Ícaro para não voar muito baixo porque a espuma do mar molharia as penas. A espuma do mar soltaria a cera e ele poderia cair. Ícaro também foi avisado para não voar muito alto porque o sol derreteria a cera e as asas se desfariam.

Quando o pai e o filho já tinham saído de Creta, Ícaro começou a voar alegremente pelos céus. Na sua excitação, Ícaro não prestou atenção ao aviso do pai e voou demasiado perto do sol. A cera que lhe unia as asas derreteu-se e ele mergulhou no mar Egeu e afogou-se.

Dédalo encontrou o corpo sem vida de Ícaro numa ilha a que deu o nome de Icaria, onde enterrou o filho. Durante o processo, foi escarnecido por uma perdiz que se assemelhava suspeitamente à perdiz em que Atena tinha transformado o seu sobrinho. A morte de Ícaro é interpretada como uma retribuição dos deuses pela tentativa de assassinato do seu sobrinho.

Aflito, Dédalo continuou a sua fuga até chegar a Itália. Ao chegar à Sicília, Dédalo foi recebido pelo rei Cocalo.

Dédalo e a concha em espiral

Na Sicília, Dédalo construiu um templo ao deus Apolo e pendurou as suas asas como oferenda.

O rei Minos não esqueceu a traição de Dédalo e percorreu a Grécia para o encontrar.

Quando Minos chegava a uma nova cidade ou vila, oferecia uma recompensa em troca da resolução de um enigma. Minos apresentava uma concha em espiral e pedia que lhe passassem um cordel. Minos sabia que a única pessoa capaz de passar o cordel pela concha seria Dédalo.

Quando Minos chegou à Sicília, aproximou-se do rei Cocalo com a concha. Cocalo entregou a concha a Dédalo em segredo. Naturalmente, Dédalo resolveu o enigma impossível. Atou o fio a uma formiga e coagiu-a a atravessar a concha com mel.

Quando Cocalo apresentou o enigma resolvido, Minos soube que tinha finalmente encontrado Dédalo, Minos exigiu que Cocalo lhe entregasse Dédalo para responder pelo seu crime. Cocalo não estava disposto a entregar Dédalo a Minos. Em vez disso, engendrou um plano para matar Minos no seu quarto.

A forma como Minos morreu é objeto de interpretação, havendo histórias que afirmam que as filhas de Cocalo assassinaram Minos no banho, deitando-lhe água a ferver, outras que dizem que foi envenenado e outras ainda que sugerem que foi o próprio Dédalo que matou Minos.

Após a morte do rei Minos, Dédalo continuou a construir e a criar maravilhas para o mundo antigo, até à sua morte.




James Miller
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James Miller é um aclamado historiador e autor apaixonado por explorar a vasta tapeçaria da história humana. Formado em História por uma universidade de prestígio, James passou a maior parte de sua carreira investigando os anais do passado, descobrindo ansiosamente as histórias que moldaram nosso mundo.Sua curiosidade insaciável e profundo apreço por diversas culturas o levaram a inúmeros sítios arqueológicos, ruínas antigas e bibliotecas em todo o mundo. Combinando pesquisa meticulosa com um estilo de escrita cativante, James tem uma habilidade única de transportar os leitores através do tempo.O blog de James, The History of the World, mostra sua experiência em uma ampla gama de tópicos, desde as grandes narrativas de civilizações até as histórias não contadas de indivíduos que deixaram sua marca na história. Seu blog serve como um hub virtual para os entusiastas da história, onde eles podem mergulhar em emocionantes relatos de guerras, revoluções, descobertas científicas e revoluções culturais.Além de seu blog, James também é autor de vários livros aclamados, incluindo From Civilizations to Empires: Unveiling the Rise and Fall of Ancient Powers e Unsung Heroes: The Forgotten Figures Who Changed History. Com um estilo de escrita envolvente e acessível, ele deu vida à história para leitores de todas as origens e idades.A paixão de James pela história vai além da escritapalavra. Ele participa regularmente de conferências acadêmicas, onde compartilha suas pesquisas e se envolve em discussões instigantes com outros historiadores. Reconhecido por sua expertise, James também já foi apresentado como palestrante convidado em diversos podcasts e programas de rádio, espalhando ainda mais seu amor pelo assunto.Quando não está imerso em suas investigações históricas, James pode ser encontrado explorando galerias de arte, caminhando em paisagens pitorescas ou saboreando delícias culinárias de diferentes cantos do globo. Ele acredita firmemente que entender a história de nosso mundo enriquece nosso presente e se esforça para despertar essa mesma curiosidade e apreciação em outras pessoas por meio de seu blog cativante.